segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

 Eu preciso escrever essas palavras antes que elas me matem.

Já  sentiu solidão, confusão, dor? Eu mal consigo escrever essas palavras, minha visão está embaçada por conta das lágrimas. Meu corpo não aguenta, minha mente pesa muito e o meu coração aperta mais do que eu possa suportar. Quero correr para um vidro de rivotril e sentir a anestesia que ele me oferece. Quero fugir da realidade. Eu não sei o que fazer, me sinto totalmente impossibilitada, não consigo me mexer, não consigo pedir ajuda. Me encontro totalmente só. Eu e meu reflexo quebrado no espelho.


Não tem ninguém aqui, além de mim, pra dizer que eu vou conseguir mais uma vez. ou talvez pra dizer que eu sou linda, incrível e forte. Como eu queria acreditar nisso. Nesse momento eu só 

domingo, 24 de janeiro de 2021

sinto sua falta

 Toda vez que eu penso que segui em frente de uma vez por todas, o seu fantasma aparece... e Deus sabe como eu sinto saudade. Não consigo controlar. Parece que mesmo sofrendo por você, os momentos bons eram tão bons, tão leves, tão naturais, tão engraçados, tão simples. Vi um poema que você escreveu pra mim e me lembrei como era delicioso me sentir amada por você. Fecho os meus olhos, sinto o seu cheiro, a maciez da sua pele, os nossos olhares que diziam tanta coisa em fração de segundos. Será que eu sou tão errada de sentir falta disso? 

Eu comecei construir tijolos em cima de você, mas você nunca morreu. Esteve sempre aqui dentro, mesmo que eu tentasse ignorar.

O que é isso? Não posso acreditar que é amor, porque eu já passei por isso antes, eu achava que era impossível esquecê-los ou seguir em frente. Mas eu consegui! Por que com você seria diferente? Você por acaso é exceção? Claro que não. 

Eu queria ter o poder de apertar um botão e não sentir o que estou sentindo. Será que eu tenho síndrome de abandono? Só porque eu não posso te ter, eu te quero? Será que se eu te tivesse mesmo, eu estaria feliz? É muito provável que não. Somos tão diferentes. (suspiros) 

(lágrimas)

estou com saudade, neguinho.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Me sinto tão  mal. Queria escrever bem, eu não escrevo. Que bosta de estudante de Letras que eu sou. Estou passando por um dos momentos mais sombrios da minha vida. Será que ninguém percebe ou só não sabe o que fazer? Não os culparia, nem sei o que me ajudaria. Não aguento mais essa pandemia, eu só escuto as barbaridades que o presidente fala e as pessoas morrendo por causa desse vírus. As vezes sinto um pouco de inveja do meu pai, queria estar descansando, esperando Jesus voltar. 

Meu pai... se ele pudesse me ver agora, ia ficar muito triste e preocupado comigo. Talvez se alguém pudesse ver o que passa pela minha cabeça, me levaria agora mesmo para o hospital. Quero ver meu sangue escorrer pelos meus braços.


madrugada do dia 09 de janeiro de 2021

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Luto Paulinho Roupa Nova

 São tempos difíceis por aqui. O corona vírus não foi embora ainda, como eu imaginava. Essa madrugada vi uma notícia que entristeceu o profundo do meu ser. Paulinho do roupa nova faleceu vítima do corona vírus.  Não sei nem como continuar esse texto, de verdade.

Roupa Nova está presente na minha vida desde que comecei cantar e ter contato com a música. Além dessa minha paixão de fã por eles, Roupa Nova foi apresentado a mim pelo meu pai. Quando eu tinha sete anos, meu pai chegou e disse que ia me apresentar música de verdade, e colocou o dvd. Eu fiquei fissurada naquelas músicas, ouvi muito muito mesmo. 

Meu sonho era irem um show deles, e praticamente todo ano eles vinham para Sorocaba, mas eu nunca tinha tido a oportunidade. Até que meu pai fez uma surpresa e comprou os ingressos para irmos, tudo isso em 2018. Ele já estava com câncer, mas fez o maior esforço do mundo para irmos no show e foi simplesmente mágico. Nossa, impossível não lacrimejar meus olhos lembrando daquele momento. 


Queria escrever com a elegância e emoção que Paulinho significou na minha vida. 






quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Tudo muda, o tempo todo, e tá tudo bem

 A inconstância da vida me fascina e ao mesmo tempo me assusta, aliás, me assustava. Certamente o que eu planejava há um ano atrás não é mais o que eu planejo hoje. Minhas vontades, meus gostos. Tudo muda o tempo todo. Eu mudo o tempo todo. Me pego intrigada na maioria das vezes concluindo que tenho algum problema, que tudo isso não parece normal, como se só acontecesse comigo. Talvez eu nunca descubra.

O imprevisível já me causou muito medo e insegurança, e é bem normal na verdade, o ser humano busca controlar tudo e não quer que nada saia fora do planejado. Mas a vida nunca sai como o planejado. Não tenha medo do imprevisível. Tenha amor, se apaixone por ele. Vou explicar o porquê. 

Eu posso planejar milhões de coisas, mas no meu caminho serei surpreendida por acontecimentos bons e ruins que eu jamais imaginaria. É incrível que todas as coisas que ao meu ver "deram errado", saíram do planejado, me trouxeram para o meu certo de hoje. E o meu errado de hoje, trará o meu certo de amanhã! Não é tudo muito louco e incrível?

Se eu estivesse até hoje com o meu primeiro namorado, talvez não teria percebido o quão possessiva e tóxica eu era. E nem teria chegado até o amor da minha vida hoje.

Se eu nunca tivesse depressão, eu não conseguiria ajudar, hoje, quem sofre com isso e talvez não tivesse tanta empatia pelo próximo e suas dores.

Todas as dores do processo de aceitação com a minha cor e meu cabelo, me tornaram uma mulher empoderada que se ama muito e inspira outras mulheres a se amarem de verdade. 


A mutação traz evolução, crescimento e amadurecimento. E eu me encontro perdidamente apaixonada por esses processos. Não lute contra o que você não tem controle, aceite as mudanças em sua vida de coração aberto e abrace cada oportunidade de torna-se a melhor versão de si mesmo. 

domingo, 30 de agosto de 2020

Domingo que não é domingo

Domingo, sol, família. Meus domingos costumavam ser diferentes do que são hoje. Eram alegres, cheios de vida, risadas, conselhos e muito amor. Eles não são mais assim. Os domingos são vazios sem você, pai.

Eu dormia na sala, a luz do sol iluminava meu rosto e eu acordava com a claridade, volta e meia eu reclamava daquela luz e ansiava uma escuridão que me fizesse dormir mais. Hoje agradeço a luz do sol por me acordar antes da hora desejada, pra eu poder aproveitar ainda mais a sua companhia, pai. Quantas horas seriam perdidas.... Eu ia como um zumbi para o seu quarto, não importava se você estava dormindo ou não, sempre podia te acordar com meu abraço, meu beijinho ou até mesmo fazer uma ligação se estivéssemos longe. Você foi a única pessoa no mundo que eu podia acordar e não ficava bravo, eu achava isso incrível. E sempre me respondia com sorriso e amor, perguntando como eu tinha dormido. Eu grudava em você como um macaquinho no pescoço da mamãe. Dormia mais um pouquinho debruçada em seu peito, até você decidir que o nosso dia ia começar. Você escancarava a janela de madeira e dizia que o dia estava lindo.

Abro meus olhos, olho ao redor. Não tem nenhuma claridade que me acorde, você não está no outro cômodo. Choro. 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Intensidade

 Será que a minha intensidade ainda vai me matar? 

Não existe neutralidade, normalidade. Sou uma montanha russa que sobe e desce, sobe e desce. Você sabe o quanto isso é desgastante? As vezes eu só queria ser normal. Afinal, o que é ser normal? Alguém é normal? Duvido.

Minha intensidade me salva em alguns dias, daquele que acordo me sentindo invencível, inabalável, e ainda disposta a mudar tudo ao meu redor. Nesses dias o amor e a alegria vibram em meu ser e eu saio iluminando tudo e todos pelo caminho. Ah, se todos os dias fossem assim.

Minha intensidade me mata nos dias que eu acordo com o desejo de nem sequer ter acordado. As lágrimas insistem em ficar, o desespero toma conta do meu ser.

Intensidade, você irá me matar ou me salvar?

 Eu preciso escrever essas palavras antes que elas me matem. Já  sentiu solidão, confusão, dor? Eu mal consigo escrever essas palavras, minh...